"Coeficiente de cagaço" ( III )

Meia-noite e dez minutos,mais ou menos ; sentava-me eu em frente á tv para ver um episódio do "CSI Las Vegas" e nesse preciso momento toca o telefone fixo...olho o visor e vejo que é o telefone das bombas Repsol.

Atendo e do outro lado "aparece-me" o meu amigo João,que faz todas as noites nas bombas e aqui está o diálogo,mais ou menos...

João : "Tavo,olha tá aqui uma senhora que precisa de táxi..."

Eu : "Uma senhora? ...alguma assistência em viagem...acidente ou quê,ham?"

João : "Não,pá...epá a senhora está aqui e quer ir para a Baixa da Banheira..."

Eu : "Pois...mas quem é...o que é? ...ham?"

João : "...pois...pá...é..."

Eu : "O quê,pá...desembucha..."

João : "é...é...uma senhora do Meiguices..."

Eu : "Do Meiguices!!! Para quê? Para a Baixa da Banheira? então e a carrinha das senhoras...e ela tá sózinha...hmmmm isso não cheira bem,João..."

João : "Pois,pá...só tou a telefonar,ela quer um táxi..."

Eu : "Diz a ela...que...sei lá...isso não me cheira nada bem...diz a ela que não tenho carro,que tá avariado..."

E assim foi...a senhora acabou por pedir o telefone ao João e falar comigo ; tinha voz de Leste e queria sair dali,ir para a Baixa da Banheira e pronto ; fosse como fosse.

Acabei por dar pelo telefone dois números de telefone de colegas meus da Branca e de Santo Estêvão e "agarrei-me" a que tinha o carro avariado..."cortei-me á bandeirada".Não fui...

...não fui,pelo sim pelo não,não fiz "a corrida" e pronto.

Ás vezes,não há dinheiro que pague um "cagaço" daqueles...ou não.

É que ainda não me saiu da cabeça o que aconteceu com a Eduarda em Benavente.