Texto longo...Ufff !!

Todos sabemos o que somos hoje...somos a maior desorganização que em Portugal se deve ter verificado na Economia, nas Finanças, na Politica, na Administração Pública... Divisões intestinais,as chamadas "caganeiras", solidariedades equivocas na politica e na administração,os chamados "jobs" seja em que partido for, erros acumulados, a falta de correcção de vícios da nossa organização social, desordem constitucional...permanente, sucessivas revoluções que nada remedeiam...nem com uma maioria absoluta ; agravaram-se todos os males, fizeram-nos perder a fé no Estado como dirigente e coordenador dos esforços individuais ; e a intranquilidade existente no espírito público manifesta mesmo desconfiança na sua força para defender a vida e os bens dos cidadãos... Dobrado tristemente sobre um passado glorioso que é a sua história, e sobre as ruínas, as misérias, a desorganização do presente, desconhecendo as suas enormes possibilidades de grande Nação, penhor do futuro, o País caiu na «apagada e vil tristeza» de um poeta qualquer e parece ter desistido,parece ter-se conformado, de viver um grande pensamento de renovação interior e de marcar na Europa e no mundo, sem afrontar ninguém, a posição que pode e devia marcar.Todos sabem de onde viemos...e todos sabem onde estamos. Os esforços feitos e os resultados obtidos, sejam quais forem as deficiências impostas pela gravidade dos males existentes...dos milhares de males... impediram até agora uma catástrofe eminente.E os resultados não foram bons até agora e...tendem a piorar ; portanto...

Caminhamos depressa demais para o despenhadeiro mortal,longe de um terreno seguro, onde podiamos e deveriamos ser capazes de conquistar a prosperidade...Até porque como Portugueses somos "ases na arte do desenrascanço",porém...Não há paz ; não há ordem ; não há um espírito de vida que anime o País ; não há confiança e há descrédito ; A "Administração",vulgo Governo,não implementa princípios de moral que completem, na execução, a justiça da lei ; não há um plano de vida para o Estado, formulado sobre os interesses gerais da colectividade ; o País,esbraceja e nós com ele,numa atmosfera de irredutibilidades partidárias,o País está dividido e,tendo escolhido os seus representantes,devia sentir-se mais perto do Poder, sentir que o Governo era também seu, confiar mais na sua justiça e na sua acção...Mas não...foi,é e continuará a ser tudo uma grande mentira...

Cataloguem-me daquilo que quiserem...Não nego nem nunca neguei que admirei Francisco Sá Carneiro e que admiro Aníbal Cavaco Silva ; assim como não nego nem nunca neguei que Durão Barroso e Marques Mendes me dizem muito,muito pouco ; não nego nem nunca neguei que para mim é completamente indeferente existirem Carlos Carvalhas e Jerónimo Sousa ; António Guterres e Mário Soares ; Francisco Louça e Paulo Portas ; etc,etc,etc,...enquanto homens da política obviamente,porque também não me esqueço das figuras que na realidade são como homens de sociedade...cataloguem-me daquilo que quiserem.

Não escrevo este texto,trespassado pela seta do "revanchismo" ou da simples "dor de cotovelo" sobre absolutamente nada...existem coisas que também não entendo nas pessoas,e aqui refiro-me aos pseudo-políticos,auto initulados a eles próprios de "caciques"...sobre esses voltarei noutro texto,porque este é dedicado a Portugal,porque eu tenho orgulho em ser Português...

[ escrito na passada segunda-feira,após constatar mais uma "dose industrial" de incompetência numa entidade pública ]

[ ouvindo mp3...The Bangles - "Manic mondays" ]