Passados tão presentes...

As celulazinhas do meu cérebro nesta altura, já se devem estar a decompor, mas eu ainda me lembro da inocência, dos tempos da adolescência. E, portanto sei como é o amor, o puro amor, que não se explica e não precisa de justificar para simplesmente amar. Era muito estranho, mas não entendia o porque daquele vermelho nas "bochechas", toda vez que aquela menina/senhora,adolescente como eu, sorria para mim. O olhar dela queimava-me, e eu "tadinho" mal respirava... Mas eu gostava daquilo. O "flirt" da despedida era sempre um precipício, vertiginoso de sensações. O que eu falaria, qual atitude eu deveria tomar. Terrível dilema, nunca por nunca ultrapassada. O dia seguinte, muito aguardado, claro não pelas aulas, mas extremamente desejado, só para ter, a minha disposição aquele olhar. O que havia naquele olhar! Que me alimentava dessa energia gostosa, que fui aprendendo a saber identificar.
Claro que o tempo passou, e o destino me colocou á distância de tudo isso, mas com o correr dos anos fui compreendendo o que era aquilo, e confesso, diversas vezes me entreguei por completo, atropelando até o que seria correcto, para saciar a minha sede, naquela fonte de delírio e prazer.
Claro que o tempo passou...os bons momentos passaram mas voltaram um dia...até para quem nunca soube nem alguma vez pensou... montarmos cavalos. 

[ ouvindo mp3...Cool and the gang - "Cherish" ]
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