Uma questão de clima ou "...uma valente seca em forma de post..."

As alterações climatéricas são uma realidade. É um dado consensual no mundo científico e, até nós “leigos na matéria” sabemos que as causas destas alterações são as emissões de gases com efeito de estufa resultantes das actividades humanas, entre elas a queima de combustíveis fósseis nas centrais de energia, os transportes rodoviários e aéreos, a deposição em aterros e os processos de produção industrial.
Certamente, cada um de nós ou melhor, a grande maioria de nós “já parou para pensar um pouquinho” sobre esta questão. Até porque as pessoas da minha idade se lembram perfeitamente que os Invernos eram “duros” e rigorosos, com meses “a fio” a chover e que os Verões eram quentes e secos. Existiam “nesses tempos” duas estações e ponto final; hoje, verifica-se que o clima está “doente” como dizem os mais velhos e esse é uma grande verdade. O clima está a mudar. Mais depressa do que poderíamos ter imaginado. E com essa mudança verificamos que…
O acelerado degelo das calotes polares e o consequente aumento do nível do mar quer queiramos ou não, levará a inundações e ao desaparecimento de áreas da zona costeira deste País “á beira-mar plantado”; a redução dos recursos de água potável; os inevitáveis e consequentes danos para a saúde (por exemplo, propagação mais fácil das doenças tropicais derivado ao aumento do calor e da humidade e a ameaça à produção de alimentos em certas partes do globo); a alteração dos ecossistemas (por exemplo, as dificuldades de adaptação de certas espécies de plantas e de animais); os vários prejuízos para as economias baseadas na agricultura e no turismo; o aumento dos riscos de incêndio e de condições climatéricas extremas (Invernos muito rigorosos, com mais tempestades e inundações, nos países do Norte, e períodos de seca com incêndios florestais nos países do Sul); o aumento dos custos em matéria de seguros, são exemplos de “alterações” a vários níveis “conseguidos” a partir do clima “doente” que hoje temos na Terra.
Então, que medidas tomar…?
As medidas da União Europeia (UE) sobre a redução das emissões de gases com efeito de estufa visam particularmente os sectores da energia e dos transportes. Relativamente ao primeiro, a UE debruça-se sobre a eficiência energética e o desenvolvimento de energias renováveis. Em relação aos transportes, que actualmente representam uma considerável percentagem das emissões de gases com efeito de estufa, a UE propõe a redução das emissões poluentes dos veículos e do consumo dos automóveis particulares e a promoção de veículos "ecológicos".
Foram criados dois “instrumentos” específicos com vista à redução das emissões de gases com efeito estufa: o mecanismo de vigilância das emissões, segundo o qual os Estados - Membros fazem uma comunicação anual da sua situação e das medidas previstas em matéria de gases poluentes e o regime de comércio de licenças de emissão de gases com efeito de estufa, que fixa quotas nacionais e cria um mercado de direitos de emissão.
Assim, Portugal dará seguimento à visão integrada das questões climática e energética, que define como metas essenciais a redução de emissões de gases com efeito de estufa e a segurança energética. Neste contexto, Portugal propõe-se a dar início à sua actividade em áreas como as energias renováveis e os bio combustíveis, entre outras.
Depois, ainda temos o Protocolo de Kioto… mas aqui são algumas das super potências que subscreveram o Protocolo a não o cumprirem. “Vamos protocolar… queremos que o cumpram, mas não o cumpriremos…”. Esta questão dava “pano para mangas” numa outra observação escrita. Fico-me por aqui.

[ ouvindo mp3... Creedence Clearwater Revival - "Have you ever seen the rain" ]